20/11/2018
Dia da Consciência Negra: O Herói Zumbi!
 
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O Dia da Consciência Negra é, perante a lei 10.639 de 2003, um dia nacional de conscientização. Mas poucos se lembram de fazer uma reflexão, mesmo que por alguns instantes deste dia. Num longínquo 20 de novembro de 1695, há 323 anos atrás, morria Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, o maior quilombo do período colonial. Quilombo era uma espécie de comunidade formada por escravos fugitivos de fazendas, prisões e senzalas. Havia não somente negros, mas também brancos pobres, mestiços e índios.

A LIDERANÇA DE ZUMBI




(Representação do líder Ganga Zumba)


O Quilombo dos Palmares, em 1678, era uma comunidade de aproximadamente 30 mil pessoas liderada por um negro conhecido como Ganga Zumba. Ele aceitou uma proposta de paz vinda do governador da Capitania de Pernambuco, que consistia na concessão da liberdade para todos os escravos fugidos que viviam no Quilombo, mas isso em troca da comunidade se submeter à autoridade da Coroa Portuguesa.

Discordando do aceite de Ganga Zumba, Zumbi além de rejeitar a proposta de paz, também o desafiou, e prometeu continuar por tempo indeterminado a resistência contra a opressão portuguesa. Zumbi se tornou assim o líder do Quilombo dos Palmares.

TRAIÇÃO E MORTE



Um bandeirante paulista chamado Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar uma invasão no quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694, Palmares foi destruída por uma legião de mais de 9.000 homens, mas Zumbi - mesmo ferido - sobreviveu. Ele fugiu provavelmente para seu reduto, a Serra Dois Irmãos, mas foi traído por Antônio Soares que deu sua localização.

Zumbi foi encontrado, e teve seu corpo perfurado por balas e punhaladas, para posteriormente ser levado para Porto Calvo. Sua cabeça foi cortada e enviada para Recife coberta por um sal fino e espetada num poste em praça pública até ser consumida pelo tempo. O ato foi para mostrar aos escravos que Zumbi não era imortal como muitos acreditavam.


(Monumento com a cabeça do herói Zumbi - RJ)


O Quilombo dos Palmares foi defendido por Zumbi durante anos contra diversas expedições militares, todas com a finalidade de escravizar novamente os fugitivos do local. Porém o Quilombo tinha um fato curioso.

LIBERDADE E ESCRAVIDÃO: O QUILOMBO


Apesar de fugidos da escravidão, muitas pessoas do Quilombo eram escravos dentro da comunidade, porém a praticada por Zumbi era diferente. Algumas pessoas achavam que por estarem livres não precisariam mais trabalhar, mas Zumbi queria mostrar que na sua visão de comunidade, todos tinham funções e muito trabalho para manter o quilombo auto-suficiente.

Zumbi lutou até o fim de sua vida para que o povo pobre (negros ou brancos) tivessem a dignidade do trabalho e do senso de compromisso para com o quilombo, único lugar seguro contra o maléfico regime escravagista.

Refletindo aos dias de hoje, o trabalho, além de dignificar o homem, traz o sustento para si e para sua família, e deve ser encarado com orgulho e compromisso. Quem vive na babilônia nos dias atuais, sabe o que é ser escravo. Quando você é obrigado a encarar um transporte público de má qualidade, um sistema de saúde às moscas, e outros problemas inerentes à pobreza, você vive um pouco dessa escravidão, porém com uma particularidade: Só depende de você sair dela.

Liberte-se da escravidão mental..." - dizia Bob Marley. Somente a cultura e a consciência podem fazer o homem realmente livre.


Fonte: Rangel Surforeggae





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